SBTVP - Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada


A TERRA DOS AY-MHORÉS - a saga dos últimos atlantes na terra das estrelas

Autor: Maria Teodora Guimarães

Há milhares de luas grandes este povo caminha trôpeço pelos caminhos do tempo dos homens, tentando aprender o significado da palavra amor. Como eles, humanidades inteiras já se perderam nessa busca insana, arrastadas em veredas mais interessantes aos sentidos.

Voltando no tempo e ao velho continente de Aztlan à época da migração do povo Zac vamos encontrar  apenas o que restara da grande Atlantida. Depois do grande cataclismo que se abatera sobre o continente lemuriano continuava em curso o lento mas progressivo desaparecimento da Terra Mãe.

Milhares de anos antes com o afundamento completo da Lemúria nas águas do Pacífico uma enorme parte do grande continente já havia sido destruído. Atingido posteriormente por grande asteróide toda as terras entraram em enorme convulsão, com grandes terremotos e maremotos. Aquilo que fora um dia a orgulhosa Atlantida viu-se então reduzida a apenas duas enormes ilhas: Ruta e Daitya, que posteriormente mudou seu nome para Poseidon.

Povos inteiros foram sepultados nas águas dos oceanos, pois já naqueles tempos diferentes raças, separadas num sem número de pequenos reinos e cidades proliferavam por toda parte, sempre em luta entre si. Inúmeros governantes despóticos e magos negros pululavam naquelas bandas, disputando o poder palmo a palmo. A magia negra prosperava.

Quando na esteira dos tempos as ilhas remanescentes começaram a perder terreno e seu desaparecimento começou a ficar evidente para os deuses do espaço, seres de constelações próximas e mais adiantadas em todos os sentidos, que haviam tomado para si a tarefa do desenvolvimento das raças humanas em auxílio ao espírito planetário decidiram avisar aos homens da necessidade de partir, mas muitos ignoraram os avisos dos mestres siderais que velavam por aquela civilização desde seus primórdios. Na principal cidade, Lanka, os apelos não foram ignorados, mas isso propiciou que os magos negros, que dominavam a cidade naqueles tempos também migrassem com seus templos da luz negra para outras regiões, inclusive para a futura Terra das Estrelas, bem ao norte da praia generosa que acolheria Zac e seu povo.

Há muitos outros milhares de anos antes, após o primeiro grande cataclismo que rachou ao meio o continente, as grandes migrações atlantes já tinham tido curso nas mais variadas direções. A príncipio, separados por suas etnias os povos foram conduzidos pelos deuses compassivos para regiões mais seguras dentro da própria Atlantida e posteriormente guiados cuidadosamente para outras regiões escolhidas do planeta, que tinha tido sua face transformada após os terríveis eventos geológicos que se impetraram nos dois grandes continentes. Imensidões de terras, plataformas continentais inteiras, enormes cordilheiras desapareceram para o surgimento de outras, que se levantaram dos seios da terra como num passe de mágica.

Nos mais distantes rincões civilizações magníficas floresceram, especialmente nos altiplanos do continente sul americano, nas densas florestas em torno de seu mar interno e no norte da África; tiveram seu ápice de esplendor, para depois eclipsarem, não só pelos desmandos dos homens como também quando seus ciclos evolutivos simplesmente se encerravam, com o suceder das inúmeras sub-raças anteriores ao povo de Zac.

De Tihuanaco ao posterior Império de Paititi na região que seria chamada de Amazonia no futuro, da Caldéia às disnastias divinas do Egito, muito antes dos primeiros faraós humanos reinarem absolutos, os atlantes se espalharam pelo planeta levando sua fantástica cultura, sempre orientados a princípio pelas mentes e mãos generosas dos seres das estrelas, cujos nomes se transformaram em lendas através dos milênios. O deus Osíris no Egito havia sido Toth, de Alfa Centauro; Manco Kapac, de Venus, discípulo de Aramu-Muru, o mestre sideral que veio para o novo continente com seus barcos voadores trazendo o disco de ouro resgatado do Templo da Luz Divina da Lemúria ancestral antes de seu fim, após a derrota da magia negra no primitivo continente, onde ela havia se iniciado, se transformou numa das inumeras divindades adoradas nos Andes e assim por diante.

Exilados de Ruta e Daitya, em diferentes épocas vieram para a Terra das Estrelas. Muitos, como o imperador de Ruta e seu povo, se estabeleceram em uma das cidades satélites ao redor da grande cidade de Ophir, capital do império de Paititi, acolhidos pelo grande Conselheiro e Mestre Uiran-Taê e migrando posteriormente para Ibez, mais ao sul, antes da destruição das cidades; grandes terremotos e maremotos causados pelo afundamento de parte de Ruta convulsionaram uma vez mais os continentes, mudando novamente a face das terras que acolhiam os atlantes sobreviventes, ceifando a vida de milhares.

Milênios mais tarde quando Ibez já havia se transformado também num grande império foi a vez de Zac deixar a Atlantida e se estabelecer com seu povo no litoral do Atlantico Sul, a sudeste das grandes e esplendorosas cidades na região central daquilo que seria um dia a América do Sul. O grande mar interno que ligava os dois oceanos já havia desaparecido, tragando em suas entranhas as magníficas cidades de Paititi.

Ao escolher o nobre príncipe Ay-Mhoré para seu sucessor na Terra das Araras Vermelhas, no litoral que num futuro longínquo seria chamado de Espírito Santo, Zac iniciava sem saber uma gloriosa dinastia que carregaria o sangue atlante nhengatú, a poderosa raça vermelha, pelos tempos a fora. A glória deste povo se prolongaria por várias gerações e, posteriormente, nos 40.000 anos que se seguiriam suas reminiscências ancestrais se fariam sentir na cultura, especialmente a espiritual, dos povos que emergiram no futuro da Terra das Estrelas, o Baratzil.

Ay-Mhoré VII, assim como seus antecessores, era um espírito devotado a seus súditos, e sem que tivesse consciência tinha participação mais que ativa, há milhares de luas grandes, no grande projeto sideral chamado Terras do Sul, tendo abdicado de seu lar sideral para viver sua aventura terrena. Tinha sido o grande mestre do Império Paititi e de Ibez, milênios atrás, Uiran-Taê.

Ainda na velha Atlantida, em sua primeira encarnação no planeta tinha sido Nofru, o belo príncipe de raça negra, herdeiro do reino das Terras Roxas, que lutou sem tréguas contra a magia negra. Originário de Erg, o mundo perdido no espaço sideral, onde era chamado de Albiom, vinha de Kendom Silá, a linda cidade imantada em Shukra ou Vênus, seu lar nas estrelas; tinha vindo apenas por amor desinteressado ao povo de Bhûmi, aquele planeta que mais tarde seria chamado de Planeta Azul ou Terra. Tinha sido um cientista de um avançado estágio de evolução onde não mais necessitava usar seu veículo físico o tempo inteiro; trabalhara por tempos sem conta para o desenvolvimento da vida neste sistema planetário inferior que acolhera seu povo, em retribuição amorosa. O povo de Erg semeava a vida e por isso foram chamados de jardineiros cósmicos.

Muitos desse ergs, reencarnados também no planeta acompanharam Albiom em sua longa trajetória terrena até a Terra das Araras Vermelhas, seguindo depois para a Terra dos Ay-Mhorés. Os mais iluminados sacerdotes, os mais devotados reis,  príncipes e conselheiros e os mais valentes guerreiros que passaram pela linda colonia atlante no litoral do Baratzil eram também, muitos deles, seres vindos das estrelas, oriundos do desaparecido planeta Erg.

Entre encontros e desencontros durante suas encarnações no planeta queimaram seus carmas coletivos, ganharam outros, acertaram e erraram. Dia próximo virá na esteira dos tempos, no entanto, em que todo o povo de Erg se reunirá novamente para retornar para as estrelas; mas, neste dia, é provável que ninguém se deixe seduzir pelo brilho vindo dos céus. Talvez prefiram continuar no generoso Planeta Azul que lhes ofereceu a oportunidade de aprender e servir.

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