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Voltar para lista de artigosVAMOS TIRAR O ATRASO!
Autor: Flávio Braun Fiorda
Dizem que o terceiro milênio está aí, batendo às nossas portas, excitando, instigando e nos assustando ao mesmo tempo. De fato, a revolução tecnológica, a Internet, a globalização tornaram os negócios mais viáveis, rentáveis, com o custo e tempo cada vez mais reduzidos em nome... Em nome do quê mesmo?
E nós, profissionais da saúde mental? De que modos poderão traduzir esses novos tempos e começar a praticá-los de forma a darmos uma contribuição para que este terceiro milênio seja um pouco diferente, para melhor, do que esses dois mil anos passados?
Realmente, a medicina evoluiu muito. As pesquisas, técnicas, laboratórios, diagnósticos, tudo até onde a tecnologia atual nos permite, nas raias da tridimensionalidade que nos margeia, foi feito, e muito bem feito. Mas, hoje, quando nos deparamos com a doença mental, onde dois mais dois nem sempre são quatro, pode-se notar o quanto se limita a terapêutica e o tanto que se rotula, com mil nomes, sinais e sintomas tão parecidos entre si.
Em hipótese nenhuma vale desmerecer o esforço de profissionais dedicados e que, a seu ver, tentam amenizar o sofrimento alheio, e o fazem. O que realmente incomoda, às vezes, é a indiferença de alguns, que ao lembrarem que o problema além de não ser com eles, não tem cura, acham que não vale a pena gastar seu precioso tempo para investir em algo que não se sabe nem mesmo a etiologia.
Mas agora psiquiatras e psicólogos deparam-se com a Terapia de Vida Passada - conta-se com uma quarta e imensurável dimensão. Nela, a hipótese da reencarnação vem e nos explica de uma maneira lógica e racional a interação espírito-corpo. Desmistifica os quadros mentais, faz entender o "ouvir e ver coisas ruins", as dores no corpo inexplicáveis pelos clínicos, as atitudes comportamentais e impulsivas das pessoas e derruba a imutabilidade do caráter do indivíduo, até então, intocável.
Pelas mãos do Inconsciente mostra o porquê das coisas, onde realmente tudo começou; traz a compreensão dos problemas do hoje; alivia, conforta, cura.
E tudo parece ir muito bem aos consultórios onde já são colocados em prática estes conceitos que, aos poucos, vão ganhando credibilidade pelos resultados finais, até porque os profissionais já são procurados para a TVP. Mas como introduzir esses "novos" conceitos (porque parece que, de certa forma, as coisas sempre funcionaram de forma ortodoxa e nunca ninguém teve a sensibilidade ou a ousadia de quebrar tabu) para a psiquiatria clássica e para as instituições de saúde mental, ou antes, tocar nesses assuntos com o paciente ou com outros médicos, visto que eles já vêm com idéias pré-formadas? Este é um entrave e uma pergunta que fica no ar.
Este período de transição que vivemos agora, lento e trabalhoso, requer muita responsabilidade, paciência e seriedade para dialogar com crédito e respeito; e parece que isso já começou. Estamos inseridos neste contexto e precisamos nos conscientizar disso rapidamente, pois o tempo não espera e as dores dos homens continuam presentes.
Sobre o Autor(a) deste Artigo
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Flávio Braun Fiorda
Psiquiatra, Didata, Supervisor, Orientador, Autor, DIretor de Cursos e Pres
E-mail: sbtvp@sbtvp.com.br
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