SBTVP - Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada


VIDA DE VIAJANTE

Autor: Flávio Braun Fiorda

Ultimamente tenho tido a oportunidade de falar sobre a Terapia de Vida Passada e temas correlacionados fazendo palestras, dando entrevistas em variadas mídias, além do atendimento individual e também em bate-papos informais em alguns lugares de nosso estado, como São Paulo - capital, São José dos Campos, Sorocaba, São Vicente, Santos (onde resido e trabalho), São Lourenço - MG, dentre outras tantas neste Brasil.

Dividir um pouco daquilo que já adquiri de conhecimento e, o que é muito bom, viajar, conhecer outros lugares, pessoas (como tem gente neste mundo... e gente boa !!), prosear, ouvir histórias...

Tenho tido contato com um público bem diversificado; de pessoas bem humildes aos doutores da vida; de donas de casa aos profissionais de saúde; de ateus bons de coração a espiritualistas fanáticos. Mas entre todos uma coisa em comum: o grande interesse em conhecer um "algo" a mais, aprender, estudar e curar-se até, se for o caso. Enfim, um desejo de evoluir para mais perto da saúde física, mental e espiritual; de entender os lances e os segredos do "saber viver" com um mínimo de alegria e qualidade, para no final desta jornada poder dizer: "valeu a pena viver!"

E é impressionante como as coisas vem à nossa mente ao se palestrar (quem sabe podemos chamar a isso de intuições dos espíritos amigos). Dos temas mais sérios às piadas...  como não poderia deixar de ser. Como a gente cria, "do nada", exemplos engraçados para ilustrar a temática proposta, para entreter uma platéia e passar a mensagem adiante.

Como diz a frase: "ajuda-te que eu te ajudarei!"

E o mérito vem sempre do Alto, com certeza.

Bem, tenho encontrado gente que já tem uma noção básica do que é reencarnação, assim como regressão de memória, e também sobre a aplicabilidade da TVP, a lei de causa e efeito, o carma, os processos obsessivos, etc.

Mas, por outro lado ocorreram também, por vezes, reações muito inusitadas: em alguns momentos parecia que eu estava falando de algo que as pessoas nunca haviam parado para pensar a respeito antes; por exemplo, a questão da influência do caráter na gênese das psicopatologias, o pouco explicado ectoplasma (ou fluido de cura) e a sua manipulação pelos espíritos, além dos desequilíbrios mentais correlacionados com a não menos famosa mediunidade, que é muitas vezes rejeitada por parte de seus portadores.

É claro que alguns, ao ouvir algumas de minhas explanações, não ficaram muitos satisfeitos e questionaram, com muita picardia, sobre a responsabilidade individual, sobre nosso livre-arbítrio e a questão da proteção Divina em todo o processo de interatividade do plano espiritual com o físico. Sabemos que é muito mais fácil, e cômodo, ouvirmos que alguém pode e vai me curar, ou ainda que aquela medicação "antitristeza" ingerida com um pouco de água vai atravessar todo o sistema digestivo, atingir o cérebro pela corrente sanguínea e equilibrar quimicamente o funcionamento do neurônio que deixou de recaptar a serotonina (esta que é, sem direito à defesa e em todas as instâncias, a culpada de tudo).

Mas, que novidade estaria eu dizendo se repetisse tudo o que a psicologia e a psiquiatria tradicional já relatam? Mesmo eu sendo um reprodutor de conhecimentos da ciência (materialista ou espiritualista) e não um produtor da mesma, apesar deste campo ser infinito e muito deve ainda estar por vir, dei várias vezes o meu toque pessoal: lembrando do importante papel dos Apóstolos na divulgação do Cristianismo, entrávamos numa essência que não se vende em armazém e tão pouco se manipula em farmácia; menos ainda se lê em livros de medicina.

E como já estou convencido, seja pela ciência moderna ou pela religião, ou por ambas até, mostrei em várias oportunidades como uma das soluções para o "valeu a pena viver" é a necessidade de aprendermos a amar um pouquinho mais... E quando colocava esta abordagem fazia-se um silêncio... Podia ouvir o "tum-tá" dos corações daqueles seres humanos que estavam sentados à minha frente. Aprendia naquele instante, num evento público, a respeitar mais as pessoas e prestar mais atenção às minhas pequenas hipocrisias diárias...

Por outro lado testemunhava os olhinhos brilhando em alguns daqueles ouvintes, que, provavelmente, pensando em alguma coisa de suas particularidades, balançavam a cabeça, olhavam para o companheiro ao lado, respiravam mais profundamente; sairiam de lá um pouco melhores? Talvez.

E, no final de cada tertúlia, os contatos continuavam: uma ou outra pergunta mais pessoal, histórias sobre dores da alma, gestos de simpatia e carinho. Ou então agradecimentos e uma prova de que todos refletiam: terminávamos com um cafezinho bem fraterno!

E como as pessoas pensam! Quando um psiquiatra veio falar comigo, por exemplo, fazendo perguntas e tentando correlacionar ectoplasma, comportamento sexual e Freud (!?), respondi serenamente: "... amigo, vamos com calma...", para a seguir discorrer um pouco mais com o colega sobre o questionamento feito. Não é incrível?

Concluindo, penso que o artista e poeta Luiz Gonzaga tinha muita razão:

"Minha vida é andar por este país prá ver se um dia descanso feliz,

Guardando as recordações das terras onde passei,

Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei...

Chuva e sol, poeira e carvão, longe de casa sigo o roteiro, mais uma estação

Hum-hum, hum-hum...(sanfona)

E a alegria no coração...

Minha vida é andar por este país prá ver se um dia descanso feliz,

Guardando as recordações das terras onde passei,

Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei...

Mar e terra, inverno e verão, mostro um sorriso, mostro alegria,

Mas eu mesmo não,

Hum-hum, hum-hum...(sanfona)

E a saudade no coração...

Aê-aê, aê-aê-aê..."

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